segunda-feira, 20 de julho de 2009

Imagem e auto-imagem: Quando começou? - “Um pouco sobre a origem desse tema tão importante para a sociedade”.

O tema da auto-imagem não é recente nas ciências humanas. Ele se iniciou no século XVI na França, com o médico e cirurgião Ambroise Pare.
Ele constituiu um dos aspectos mais centrais das ciências humanas do conhecimento, a relação individuo-sociedade. Na Psicologia Social, recebeu mais destaque desde a perspectiva do integracionismo simbólico e, a partir dos anos 80, com os estudos sobre o individualismo e o coletivismo, fez-se mais popular. Embora tenha surgido em meio aos estudos trans – culturais, não tardou em ser reconhecido como um construto que fala mais das pessoas do que das culturas.
O protótipo da auto-imagem independente e interdependente, proposto por Markus e Kitayama (1991), demonstra sua importância e seu poder explicativo em âmbitos diversos como a cognição, a emoção e a motivação. As pesquisas nas quais estes construtores têm sido utilizados como fatores explicativos vão desde o processo de comunicação, o contagio emocional, a auto-estima e o sentimento de constrangimento. Quando uma pessoa vê nas revistas, televisões e outros meios de comunicações, que está bonita é estar na moda e isso e aquilo e quando ela não pode ter o que os padrões de beleza exigem. A pessoa tende a ficar deprimida, ela vai se achar excluída da sociedade e isso acaba com a sua auto estima e consequentemente a pessoa acaba se excluindo com medo de ser rechaçada.
Embora o conceito de auto-imagem pareça tautologia, expressando a percepção que a pessoa tem de si, envolve elementos que necessitam ser diferenciados. Para alguns autores até três tipos principais de auto-imagem podem ser identificados: uma dimensão individualista do eu, reunindo conceitos como independente, autônomo e separado; outra denominada coletivista, que acentua as relações entre o individuo e a coletividade; e uma terceira dimensão que recebe o nome de relacional, cujos focos de atenção são os indivíduos entre si. Não obstante, parece mais parcimoniosa e teoricamente constante, a clássica definição que prediz dois tipos de auto-imagem, não exatamente expressando conteúdos opostos ou conflitantes: independente e interdependente (ou eu privado/individual e eu público/social).

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